Ranger dos dentes pode destruir a arcada dentária e causar também problemas emocionais
A doença deve ser observada pelo diagnóstico da prevenção com atuação multiprofissional
“A doença do século é o estresse, visto que, na correria diária, o cúmulo de atribuições pessoais pode gerar desconforto e cansaço físico e mental. A Odontologia, como especialidade da área da saúde, não poderia estar alheia às consequências que tais situações que podem acarretar para a saúde física no meio odontológico”, afirmou Murilo Oliveira, que é coordenador do curso de Odontologia da Faculdade UNINASSAU Aracaju.
O professor e mestre em Odontologia observou que há diversos males causados pelo desequilíbrio emocional e, entre eles, está o ranger de dentes, que pode levar a perda total da dentição. “O bruxismo, nome dado a esse fenômeno, é uma doença neurossensorial e não de consequência odontológica”, certificou.
Murilo explica que a doença deve ser observada pelo diagnóstico da prevenção com atuação multiprofissional: “Entendemos que a condução clínica dos casos diagnosticados é realizada cientificamente através de um dispositivo interoclusal denominado placas miorelaxantes. Tais dispositivos não impedirão o apertamento e nem o ranger dos dentes, mas os protegerão contra o trauma e o desgaste”.
Como consequência, a doença causa a destruição dental, afetando a estética e a saúde de uma forma séria, já que provoca dores de cabeça, na região mandibular e do pescoço. Pessoas que sofrem com o bruxismo relatam estalidos e créptos, que são arranhões nas articulações tempero-mandibulares. “É comprovado que 95% dos fatores que desencadeiam a doença são emocionais e apenas 5% são locais”, observou o profissional.
Desconforto
Restaurações altas e próteses mal adaptadas causam incômodos e as pessoas costumam ranger os dentes em busca de mais conforto. Esse processo leva a perda dos dentes e um desconforto emocional. “O curso de Odontologia, dentro da grade curricular, oferece aos alunos uma disciplina especifica sobre dor orofacial e a prática para atendimento odontológico, afim de resolver situações como o Bruxismo”, explicou Murilo.
O professor exemplificou o curso da UNINASSAU, pelo qual é responsável, e disse que a Instituição trabalha com quatro estágios supervisionados. “Viabilizamos a atuação clínica dos alunos, desde o diagnóstico, até o tratamento, desenvolvendo suas habilidades e competências. Buscamos ainda, preparar o futuro profissional para o mercado de trabalho, pondo em prática o conceito de empregabilidade”, concluiu o mestre em Odontologia, Murilo Oliveira.
Por: Suzy Guimarães
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